terça-feira, 4 de novembro de 2008

Lizard dourado sem calota, julgado no 3º Campeonato Internacional do Atlântico - Caminha, pelo Juíz Alemão Werner Kolter com 90 pontos.





terça-feira, 2 de setembro de 2008

Preservar a plumagem dos jovens Lizard

A importância da separação dos filhotes nos canários Lizard

Para quem cria Lizards é de primordial importância a separação dos jovens canários por volta do 17º dia de vida, se bem que por vezes a separação deva ser feita ainda mais cedo. No meu caso e porque quero desta forma evitar surpresas desagradáveis a partir do momento em que o primeiro canarinho da ninhada salta do ninho coloco a grade separadora entre toda a ninhada e os pais. Coloco de um lado a ninhada, acompanhada do respectivo ninho (se este estiver demasiadamente sujo aproveito para o trocar), colocado sobre a grade do fundo ou o mais próximo possível desta bem preso para que não vire e do outro lado os progenitores que assim iniciarão nova postura. Retiro do lado da ninhada todos os poleiros para que a árdua tarefa dos progenitores com a sua alimentação esteja facilitada.

Sabemos que por vezes a fêmea com a ânsia de nova postura costuma arrancar as penas aos seus filhotes e se na maioria das raças de canários o inconveniente seria mínimo, já nesta raça os canários vitimas desta prática por parte da fêmea ficariam inutilizados em termos de exposição, isto porque as novas penas nomeadamente as rémiges e as tectrizes, iriam nascer com manchas brancas nas suas extremidades sendo o negro destas penas substituído pelo cinzento. È pois necessário preservar a plumagem destes canários o melhor possível, o que só se consegue com atenção redobrada nesta fase da criação. Mais tarde é também necessária a separação daqueles exemplares que vamos escolher para expor, para assim evitarmos a picagem e consequentes defeitos na plumagem.

terça-feira, 15 de julho de 2008


1º Expo Lizard Show 2008
Trafaria
Pavilhão dos Bombeiros Voluntários
Realiza-se na Trafaria a 1ª Exposição Temática da raça Lizard, organizada pelo L.C.C.P. e pelo Clube de Ornotologia Almadense, com o seguinte programa:
Aberta a todos os criadores de Lizard do País e estrangeiro
> entrega das aves a concurso no dia 9/11/2008
> julgamentos dias 11 e 12/11/2008
> Juiz classificado do L.C.C. Italiano
Classes a concurso
1A Individual Dourado Coroa Perfeita ou Quasi Perfeita
1B Equipa Dourado Coroa Perfeita ou Quasi Perfeita
2A Individual Dourado Coroa Imperfeita
2B Equipa Dourado Coroa Imperfeita
3A Individual Dourado Sem Coroa ou Quasi Sem Coroa
3B Equipa Dourado Sem Coroa ou Quasi Sem Coroa
4A Individual Prateado Coroa Perfeita ou Quasi Perfeita
4B Equipa Coroa Perfeita ou Quasi Perfeita
5A Individual Prateado Coroa Imperfeita
5B Equipa Prateado Coroa Imperfeita
6A Individual Prateado Sem Coroa ou Quasi Sem Coroa
6B Equipa Prateado Sem Coroa ou Quasi Sem Coroa
7A Individual Azul Coroa Perfeita ou Quasi Perfeita
7B Equipa Azul Coroa Perfeita ou Quasi Perfeita
8A Individual Azul Coroa Imperfeita
8B Equipa Azul Coroa Imperfeita
9A Individual Azul Sem Coroa ou Quasi Sem Coroa
9B Equipa Azul Sem Coroa ou Quasi Sem Coroa
Prémios Especiais
Melhor Lizard Dourado
Melhor Lizard Prateado
Melhor Lizard Azul
Melhor Lizard a Concurso –Best Show
Notícia
O L.C.C.P. está devidamente legalizado após, no dia 2/7/2008, no Conservatório do Registo Comercial de Setúbal, terem sido registados os Estatutos do Clube (NIPC nº 508558875) na presença do representante do Ministério da Justiça e de 3 sócios fundadores, Carlos Almeida Lima, António Santos Júnior e José Verdasca.

domingo, 15 de junho de 2008

A Coroa nos Lizard
(10 pontos)


Esta pode apresentar-se de várias formas:


Coroa perfeita - Tem a forma oval, nascendo da parte de cima da mandíbula superior, passando sobre os olhos, prolongando-se até à base da nuca com a mesma cor de fundo e sem apresentar qualquer vestígio melánico.





Coroa quase perfeita - Quando o canário apresenta na coroa uma ou mais penas escuras. Cobrindo uma área que não exceda 1/10 da área total da referida coroa.


Coroa imperfeita ou partida - Mostra uma das diversas partes da coroa com desenhos típicos do dorso (escamas) que aparecem ou nascem em tamanho reduzido na base superior do bico. Tolera-se a percentagem de 10% do pigmento lipocrómico na cabeça (zona da coroa). São estes os menos apreciados pelos criadores, e por sinal, os mais numerosos. No entanto têm grande influência na reprodução, devido à importância que têm no reforço das marcações.






Quase sem coroa - Quando o canário apresenta uma ou mais penas claras na cabeça, ocupando uma extensão que exceda 1/10 da área total de uma coroa normal.






Sem Coroa - Quando o canário não apresenta coroa na cabeça, sendo desta forma privado de penas de cor clara. Trata-se de uma variedade muito valiosa, pois as marcações são mais perfeitas e geralmente mais negras. Nestes, o júri deverá atribuir o máximo de pontuação, nos casos em que as escamas da cabeça se apresentarem perfeitas.



Avaliação da Coroa:

Muito Bom -coroa perfeita -0 pontos de penalização (10 pontos).
Bom -até 20% de incidência melânica -1 ponto de penalização.
Regular -20% a 50% de incidência melânica -2 pontos de penalização.
Fraco -50% a 90% de incidência melânica -3 pontos de penalização.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Recta final - Época 2008


Estou na recta final no que toca à criação deste ano, preparo-me para permitir os últimos nascimentos, relativos à terceira e última postura.
Quanto aos objectivos traçados penso que estão desde já alcançados. Propus-me obter qualidade em detrimento da quantidade e penso que apesar de ser ainda cedo nasceram no meu canaril alguns bons Lizard. Agora é tentar preservar o melhor possível a plumagem destes novos Lizard, para evitar que percam qualidade.
Alimentação equilibrada, sol e a polygonum auberti para ver como se transformam, é uma nova fase que ai vem.
A ver vámos.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Ovos férteis ou não - O que fazer?

O que fazer com os ovos claros?


É normalmente por volta do sexto dia que o criador observa se os ovos estão fecundados. Quando não estão, são chamados de "claros". Deve-se então retirá-los?

Sim, se todos estiverem claros. A fêmea fará então uma outra postura: postura de substituição.

Certos casais, contudo, são capazes de identificar ovos claros. Podem até expulsá-los do ninho. Porém a maior parte dos casais não faz isso. Assim, retirando-se esses ovos evita-se que a fêmea se desgaste por uma incubação inútil. Também se ganha tempo. É interessante que o criador conserve cuidadosamente um ou dois ovos claros. Podem servir para um outro ninho. Deve-se juntar um ovo claro a uma ninhada pouco abundante de pequenos pássaros. O ovo claro evita que os filhotes novos sejam esmagados acidentalmente. Num ninho, vazio, o ovo claro pode estimular a postura ou verificar-se se um casal não come os ovos.
Se numa postura ocorreu apenas um ovo claro, estando os outros fecundados, deve-se então deixá-lo.


Na imagem podemos verificar a diferença entre os ovos férteis e claros.

sexta-feira, 2 de maio de 2008



A INFERTILIDADE NOS CANÁRIOS
(Problemas na criação)


Todos os criadores têm alguns casais que simplesmente não se reproduzem durante a época de criação. As causas são por vezes numerosas. Há uma suposição óbvia que um ou ambos os membros deste casal é demasiado jovem ou tem algum problema reprodutivo. O que acontece exactamente quando um pássaro se reproduz em determinada circunstância e não em outra e quais são os estímulos envolvidos nesse processo?
As hormonas, substâncias químicas produzidas pelas glândulas e libertadas na corrente sanguínea, são responsáveis pelo controle de inúmeras funções do organismo, de entre elas, a reprodução. Uma das principais glândulas envolvidas neste processo é a hipófise, situada no cérebro e que controla o funcionamento dos ovários e testículos.
PARTICULARIDADES DE CADA SEXO
ALTERAÇÕES DAS FÊMEAS
A infertilidade de uma fêmea geralmente traduz-se pela falta de postura, mas há alguns casos embora raros de ovos inférteis. Neste último caso, o acasalamento sucessivo com três machos diferentes sem fertilização confirma o diagnóstico de esterilidade da fêmea. Alterações nos ovários ou hormonais, tumores e infecções podem impedir a fertilização e determinar a postura de ovos inférteis. Intoxicações, fraqueza, senilidade e ambiente desfavorável são outros factores que podem determinar infertilidade. Alterações obstrutivas do sistema genital feminino impedem o livre acesso dos espermatozóides aos óvulos, comprometendo a fertilização.
O factor idade é importante e merece maiores discussões. As fêmeas que põem pela primeira vez, costumam apresentar uma quantidade considerável de ovos inférteis, às vezes até 50%. Esta infertilidade inicial normalmente cessa rapidamente. Algumas fêmeas adultas frequentemente põem ovos inférteis quando as posturas ficam muito próximas, ou seja, quando a canária põem enquanto os filhotes da ninhada anterior ainda estão muito novos. Aparentemente, este facto deve-se a alterações nos níveis de prolactina, responsável pelo choco e instinto de alimentar os filhotes pela fêmea, razão pela qual estas canárias quase sempre são más mães. Fêmeas afastadas dos machos em idade precoce podem não ter experiência bastante para aceita-los. Embora este facto ocorra com mais frequência entre psitacídeos, pode também ser visto em algumas canárias. Uma boa opção para despertar a reprodução das fêmeas é colocá-las primeiro na gaiola de reprodução juntamente com o ninho (contrariamente ao que a maioria faz), somente introduzindo-se o macho após três dias. Isto geralmente é um estímulo reprodutivo para elas.
Outro problema relativamente comum entre as fêmeas é aquele que, embora mostrem sinais de postura (abdómen inchado, fezes amolecidas e até mesmo aninhamento), não põem ovo algum. Estes casos normalmente relacionam-se a problemas funcionais graves, que impedem a produção de óvulos. São pássaros que raramente voltam a ter um ciclo reprodutivo normal e, a menos que tenham altíssimo valor genético, devem ser sumariamente descartados.
Os poleiros redondos, lisos e de diâmetro inadequado podem ser também a causa de infertilidade, sobretudo para canários de porte grande e de posição. A incapacidade de uma correta apreensão do poleiro por parte da fêmea faz com que a mesma se sinta insegura e evite o acasalamento. Por isto, os poleiros devem ser específicos para cada raça.
ALTERAÇÕES DOS MACHOS
A má nutrição ou baixa luminosidade pode tornar os testículos afuncionais, levando à supressão do instinto sexual e dificuldades durante o acasalamento. Alguns machos podem ser sexualmente indiferentes a certas fêmeas em particular ou a qualquer uma, mostrando-se completamente letárgicos à elas. Normalmente este é um problema difícil de se resolver e, quando não há má iluminação e/ou nutrição, estes machos devem ser descartados do plantel. A idade também é um factor importante, desaconselhando-se o uso de pássaros com mais de 3 anos.
ALTERAÇÕES COMUNS A AMBOS OS SEXOS
Naturalmente todos nós temos aqueles casais que produzem ovos inférteis. A frequência destes ovos na primeira postura é relativamente alta, mas se persiste a partir da segunda há algum problema no acasalamento. As causas deste problema são várias, mas a incompatibilidade entre os membros do casal e a infertilidade do macho parecem ser as mais comuns.
O tipo de pena que a ave apresenta também é um factor importante. Canários de pena longa têm maior dificuldade num acasalamento correcto e devem ter as penas ao redor da cloaca bem cortadas antes do acasalamento. Este factor parece afectar mais as fêmeas, embora machos com excesso de penas também tenham dificuldades galar. Também é necessário verificar com frequência se estas penas da cloaca não estão coladas, pois além do evidente problemas sanitário, a fertilização fica comprometida.
ALTERAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO DO EMBRIÃO
Há muitas causas para a morte do embrião dentro do ovo e cada criador certamente já teve estes casos no seu plantel. A morte do embrião pode ocorrer durante todo o estágio de desenvolvimento, entre a fertilização e o final da incubação. Entretanto, há duas fases onde esta mortalidade ocorre com mais frequência, entre o 1o. e o 4o. dias finais de incubação.
As causas principais de morte embrionária precoce incluem factores hereditários (letais), fisiológicos (composição do ovo, retenção dentro da fêmea e alterações no choco), nutricionais (deficiência de vitaminas), infecciosos (contaminação do ovo por certos agentes, principalmente bactérias do género Salmonela) e danos físicos (quebras de casca). A morte embrionária tardia normalmente decorre de falhas no choco, más condições ambientais (falta de oxigénio ou humidade), mal posicionamento ou má formação do embrião.
Os problemas de choco são relativamente comuns e podem ser causados por deficiência hormonal (determina perda do instinto de choco), parasitas, unhas muito grandes que danificam o ovo e machos que tentam cruzar com a fêmea em incubação. Embriões de pais doentes, fracos, velhos ou muito consanguíneos frequentemente não têm força suficiente para quebrar a casca quando esta está um pouco mais dura que o normal. Nestes casos, a humidificação dos ovos com água morna costuma apresentar resultados satisfatórios.
INFERTILIDADE E DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL
Os factores nutricionais são importantes não só para a fertilidade, como também para a criação dos filhotes. Qualquer leigo sabe que deficiências nutricionais levam a alterações na reprodução das aves, mas poucos consideram a contrapartida. Aves que recebem excessos de determinados nutrientes geralmente são completamente estéreis. Por isto, recomenda-se uma alimentação equilibrada, mas sem excessos. A infertilidade pode naturalmente ser causada por umas deficiências nutricionais, dentre as quais muito se fala das avitaminoses.
As vitaminas são substâncias orgânicas, sintetizadas principalmente pelos vegetais e ingeridas pelos pássaros na alimentação. Mesmo as quantidades pequenas, são essenciais para a vida. Doenças específicas causadas pela falta ou deficiência de algumas vitaminas, as avitaminoses, podem determinar disfunções nos níveis hormonais responsáveis pela reprodução. As vitaminas também são essenciais para assegurar um desenvolvimento completo do embrião, para impedir sua morte dentro da casca e para garantir um crescimento normal dos jovens.
As avitaminoses podem ser primárias, quando há níveis insuficientes na alimentação, ou secundárias, quando a ave não consegue absorver os nutrientes ingeridos devido a alguma disfunção, geralmente localizada no trato digestivo (por ex.: as diarreias). Embora a sua participação no processo reprodutivo das aves ainda não tenha sido irrefutavelmente comprovada, a vitamina E é tida como essencial a um bom desempenho reprodutivo e muitos criadores suplementam com fontes externas, principalmente gérmen de trigo. Esta suplementação perece ser completamente desnecessária, pois a vitamina E está presente em quantidades satisfatórias em todas as sementes oleaginosas, como por exemplo, colza e níger.
A IMPORTÂNCIA DA LUZ
A luz, especificamente o aumento em sua duração e intensidade, tem um grande efeito no ciclo reprodutivo. Ela estimula a hipófise a produzir hormonas, dentre as quais aquelas envolvidos no processo de reprodução. Assim, luz e nutrição são os principais factores que determinam o sucesso na reprodução dos pássaros. O ápice da reprodução ocorre sempre naquelas épocas onde há maior luminosidade, meados da primavera onde os dias são mais longos. Pode-se concluir, portanto, que aumentos artificiais na quantidade diária de luz são estimulantes do processo reprodutivo. Qualquer acréscimo (ou decréscimo) de luminosidade, entretanto, deve ser feito de maneira gradual.

domingo, 6 de abril de 2008








COMO JULGAR O LIZARD

O Lizard tem a sua origem um pouco obscura tendo sido reconhecido pelos Ingleses, pois foram eles que aperfeiçoaram a raça de desenhos peculiares de plumagem única no mundo ornitológico.
É um canário de plumagem escura, podendo ser comparado a um canário verde, uma vez que possui idêntico pigmento verde; podemos afirmar que é um canário com fundo amarelo e um pigmento escuro (melânico).
Todos os Lizards devem ser escuros (self dark) sem partes claras excluindo a coroa (zona lipocromica).
Tem como base 2 cores:
1)Doirada (gold) intenso (buff)
2)Prateada (silver) nevado (non frosted) com a cor de fundo amarela, sendo a repartição homogénea do nevado um factor muito importante.
Julgar um canário Lizard ou simplesmente reconhecer um belo exemplar temos que ter em mente a imagem de um perfeito exemplar a concurso.
Criar Lizards para exposição é uma tarefa difícil que exige conhecimentos técnicos da raça (standard) e conhecimentos de genética da ave como forma de os acasalamentos resultarem em pleno -a saber:
-Quais os tipos de plumagem
-O grau de oxidação das melaninas
-Pureza do lipocromo
Todos estes aspectos acima referenciados vão influenciar na valorização do plantel e como tal estamos a criar futuros exemplares que irão obter nas exposições altas pontuações.
Um Lizard perfeito, segundo o padrão racial, deve ter a seguinte configuração:








Desenho Dorsal -25 pontos
Este é o item de maior valorização, é formado por pequenas "escamas" em forma de meias luas muito escuras bem nítidas em relação à cor de fundo que as separa e perfeitamente alinhadas ao longo do dorso.
é sem dúvida alguma por esta rubrica que o juiz deve começar a analisar os canários em julgamento, pois aqueles que apresentam o melhor desenho dorsal são logo colocados à parte, como futuros vencedores ou dentro do grupo de aves que atingem maiores pontuações.
Um grande criador desta raça e um dos melhores juizes a nível internacional, Giuliano Passignani, comentou da seguinte maneira: "...um Lizard sem coroa mas com óptimas escamas dorsais e peitorais é sempre um belo Lizard, no entanto um com coroa perfeita mas com defeitos no desenho dorsal e peitoral não é um bom Lizard...".






A Plumagem -15 pontos
Tem que ser brilhante, consistente e lisa, completamente aderente ao corpo, sendo os que se apresentam mais escuros são os melhores (ausência de castanho). Nota: Os Lizards são utilizados para melhorarem a plumagem das diferentes raças de canários de forma e posição.






Desenho do Peito e Flancos (Rowings) -10 pontos
São pequenos triângulos largos e escuros, regulares em direcção à cauda que se iniciam sob o bico e olhos, prolongando-se até ao início da cauda. Nota: As fêmeas são sempre melhor marcadas que os machos, principalmente os prateados.





Cor de Fundo -10 pontos
O amarelo-doirado corresponde aos intensos e o amarelo-palha aos prateados.
Esta deve ser regular e uniformemente distribuída pelo corpo com tonalidade forte, sem interrupções de intensidade da cor, pelo que torna esta ave, quando vista à luz do sol, com um brilho espectacular (os Lizards devem ser julgados à luz natural).






Asas e Cauda -10 pontos
Devem ser aderentes ao corpo e o mais escuras possível, a cauda fechada, estreita e curta.






Coroa -10 pontos
Esta pode apresentar-se de 3 formas:
Coroa perfeita -tem a forma oval, nascendo da parte superior do bico, passando sobre os olhos, prolongando-se até à base da nuca com a mesma cor de fundo e sem apresentar qualquer vestígio melânico.
Coroa imperfeita -Mostra uma das diversas partes da coroa com desenhos típicos do dorso (escamas) que aparecem ou nascem em tamanho reduzido na base superior do bico.
Tolera-se a percentagem de 10% do pigmento lipocrómico na cabeça (zona da coroa).
Estas aves devem concorrer em classes separadas como já acontece na Exposição de Almada e em diversos certames internacionais.






Penas de Cobertura -5 pontos
Nas espáduas, os desenhos formam molduras de orlaturas negras que cobrem a base das penas e separam umas das outras.






Cilis -5 pontos
Situam-se acima dos olhos que apresentam uma linha de penas negras que as separam da coroa e tornam a forma oval da cabeça mais atenuada.






Bico e Patas -5 pontos
Devem ser o mais negro possível, as unhas claras devem ser fortemente penalizadas.






Condição -5 pontos
Com saúde e devem apresentar-se limpas.

É de grande importância o conhecimento dos principais defeitos que aparecem na raça Lizard, pois só desta forma serão seleccionados para concurso as aves perfeitas, devendo excluir-se do plantel aquelas que apresentem defeitos genéticos, tais como: penas brancas, despigmentação dorsal.

Defeitos a analisar (ave exposta):
O desenho dorsal com falhas e sem alinhamento, marcas desalinhadas e interrompidas ou pouco definidas indica que estamos na presença de uma ave de pouca qualidade.
A presença de feomelanina na plumagem (penas de cor castanha) devem ser penalizadas pois interferem na beleza do desenho dorsal.
Plumagem em más condições deve merecer uma forte penalização uma vez que esta é a segunda mais importante rubrica.
-Plumagem em excesso e desalinhada
-Plumagem sem brilho
-Penas com margens brancas pronunciadas
Nota: Qualquer pena totalmente despigmentada fora da zona da coroa implica obrigatoriamente por parte do juiz forte penalização.

Ausência de desenho no peito e flancos (rowings):
Nesta rubrica analisamos a presença, quantidade e qualidade dos desenhos do peito e flancos. Nas aves intensas (doiradas) aparecem em menor quantidade, nomeadamente no peito, nos nevados (prateados) o grau de exigência deve ser maior pois devem aparecer em maior escala e quantidade sendo a penalização para ambos proporcional.
Os que se apresentam sem qualquer marcação serão penalizados com rigor. É importante saber, ou melhor, lembrar, que as marcações devem estar separadas por pequenas rendilhadas de branco nos nevados (prateado) e da mesma cor do lipocromo nos intensos (doirados).
O lipocromo é um item que pode valorizar ainda mais um Lizard devido à intensidade do amarelo, mas quando os acasalamentos são mal feitos ocasiona que os filhotes apresentem uma cor menos viva, não uniformemente distribuída.
As asas e a cauda devem ser bem escuras, os que apresentem infiltrações de castanho ou cinza, ou a orlatura das penas despigmentada devem ser penalizadas com rigor.

Avaliação da Coroa:
Muito Bom -coroa perfeita -0 de penalização (10 pontos)
Bom -até 20% de incidência melânica -1 ponto de penalização
Regular -20% a 50% de incidência melânica -2 pontos de penalização
Fraco -50% a 90% de incidência melânica -3 pontos de penalização

Canários grandes ou Pequenos






-Corpo alongado, peito fino, sem curvatura padrão
Só devemos penalizar as aves muito pequenas ou muito grandes, mas é um pouco difícil aparecerem aves fora do padrão normal (13 cm); devemos analisar este item juntamente com a condição geral, onde verificamos se estão sujas ou com escamas nas patas.
A forma do corpo do Lizard não é um item específico de julgamento, mas tem de ser analisado. A curvatura do abdómen assemelha-se à curvatura de uma pipa.
Outro defeito grave é quando apresentam lipocromo nas faces (bald face) ou over cap e unhas despigmentadas.
Factor vermelho sem uniformidade na sua distribuição (os que são pigmentados). Nota: os canários Lizards, segundo as normas da C.O.M. podem ser pigmentados de cor vermelha (em diversas exposições, nomeadamente a de Reggio Emilia, concorrem separados dos não-pigmentados).

Deixei para o fim a rubrica Bico e Patas -5 pontos, que tanta polémica tem gerado nas classificações desta raça e que tantas vezes tenho falado sobre este assunto com o meu estimado amigo Paulo Alegria.
Este item, muito embora valha somente os pontos acima referenciados, a sua importância não é menor, pois uma característica marcante desta raça são as partes córneas negras.
Em termos de classificação pode acontecer que um canário sem a respectiva oxidação (bico e patas) pode não ser um vencedor.
Mas um juiz quando analisa esta rubrica tem que valorizar indiscutivelmente as aves que apresentam uma oxidação mais forte e atribuir o máximo dos pontos (5), em relação aquelas que têm patas e bico claro, não devendo o juiz atribuir a mesma pontuação, mas sim penalizá-las atribuindo 3 ou 4 pontos para marcar a diferença.

COMO FAZER A OXIDAÇÃO DOS LIZARDS

Tem sido criado um Tabú sobre o método de oxidação dos Lizards e é tão simples como isto:







1) Uma alimentação equilibrada nos primeiros 90 dias de vida das jovens aves, tendo como um dos elementos oxidantes a semente do cânhamo reduzida a pó e misturada na papa húmida na ordem das 100 a 150 gramas por quilo.
2) Luz solar até começar a transformação do Lizard de um simples canário verde para esta jóia maravilhosa que tanto amamos, ou seja, quando aparece o desenho dorsal.
3) Posteriormente devem ser retirados para lugares mais escuros para que a cor de fundo (o Amarelo) não seja prejudicada, pois o sol que tanto melhora a oxidação, transforma estas aves em espécimes sem brilho, tornando a plumagem opaca e menos sedosa.
4) Todos estes pontos acima referenciados fazem surgir efeitos positivos quando combinados com uma planta que se denomina "véu-de-noiva", em Latim Polygonum Auberti. Os jovens canários não tem qualquer problema digestivo pois comem a planta como se fosse uma verdadeira verdura, ocasionando uma perfeita oxidação com menos castanho.
Quando a oxidação se radicaliza, é sem dúvida um problema genético, mas parcial; os Lizards no seu património genético não acumulam totalmente os pigmentos negros, deixando-os fixar parcialmente no bico e totalmente nas unhas, ao contrário dos canários da série negra (amarelos, brancos e vermelhos) que acumulam oxidação preta no bico e patas, sem necessitarem dos cuidados atrás referidos a que os Lizards estão sujeitos (alimentação-sol-plantas).
Brevemente falarei sobre os cruzamentos desta bela ave incluindo o Lizard Azul, referindo também o cruzamento desastroso com a inclusão no património genético dos Lizards de características de canários de cor (negros).




NOTA: Artigo gentilmente cedido pelo Sr.Carlos Almeida Lima -Juiz Internacional

terça-feira, 18 de março de 2008

Simplesmente fantástico



Lizard dourado sem calota, desconheço o seu criador.
Palavras para quê?

domingo, 9 de março de 2008

Filhotes que morrem no ninho.

Todos os anos uma grande quantidade de filhotes morrem durante os dez primeiros dias de vida.

DIAGNÓSTICO: Colibacilose, Salmonelose, Micose.

Estas bactérias citadas são as causas de inúmeras perdas todas as temporadas, com subsequente desconforto e impotência do criador.
Sabemos todos, e inclusive já nos ocorreu em mais de uma ocasião, ter proporcionado o cruzamento de mais de dez casais de canários e contabilizando no final da temporada nove ou menos exemplares. Analisando, não se trata de dez casais com problemas de procriação; pode ocorrer talvez de três deles, porém não na sua totalidade.
Lógico é que se mandarmos investigar as causas seremos informado que quase sempre a bactéria Coli ou Salmonela é a causadora, pois vivem constantemente com os pássaros, mesmo que esses as controlem com suas defesas.
Diante dessa situação, temos nos valido de remédios, livros, artigos, sem resultado positivo, e, desse modo transcorreu-se a temporada.
Noutras ocasiões e diante a incompetência, recorremos aos companheiros em criação que nessa temporada lhes tenha sido satisfatória, pedindo-lhes informações e segredos de criação. Nosso amigo, que sempre pena de nós, nos conta o que sabe e o que vem a saber. Fornece ainda uma ração do seu preparo. Ensina-nos a receita e visita o local de criação.
Acreditamos que este é um santo remédio e que tudo mudará. No final de alguns dias tudo continua igual e os próximos nascimentos morrem diante de nossa competência.
Recorremos de novo a outros criadores. Obtemos informações e testamos todas elas. Uns nos aconselham dar tal medicamento, outros nos sugerem sulfas ou antibióticos, os mais naturalistas sugerem cenoura ralada misturada. Vamos ao herbário. Compramos germes de trigo, pólen, extracto de algaroba, mel, proteínas. Variamos todo os sistema, preparamos diversas massas e rações de pintos com leite, cereal de bebé e vitaminas.
Na terceira ninhada competimos com a dona da casa, pois a cozinha mais se assemelha com um laboratório.
Usamos a moedora de carne para moer sementes de cânhamo. Enquanto isso fervemos sementes de rabanete que segundo nos disseram são infalíveis. Em uma vasilha colocamos de molho uma medida de sementes negras que também disseram ser maravilhosas e que as fêmeas avançam nelas com muita gula. Já ia me esquecendo, noutra boca do fogão uma caçarola com água fervendo e três ovos.
A televisão está transmitindo um jogo de futebol. Todos estão atentos menos àquele que está cuidando dos ovos para que não fervam mais de 9 minutos, pois li em algum lugar, que se passarem da fervura a gema fica azulada e pode ser indigestos e tóxicos.
Ninguém pode usar a pia porque a verdura tem de fica de molho com água em solução caustica por toda à noite, conforme outro dos segredos vem guardados.
No Domingo, com desculpa de levar os meninos para passear, vamos ao campo recolher umas ervas chamadas de nabiças com as quais o tio Pepe conseguia dezenas de canários.
Durante a temporada trocamos, várias vezes de mistura. Algumas vezes com alpiste, outras com aveia e cânhamo em separado. Parecíamos espiões industriais, pois estamos, como se diz à sociedade, absorvidos pelo assunto. Desse modo durante anos e anos.
Viramos investigadores, biólogos e veterinários. Lemos tudo, aprendemos a conhecer fórmulas. Familiarizamo-nos com as vitaminas, proteínas, carboidratos e minerais. Conhecemos, além disso, todos os nomes dos aminoácidos na ponta da língua, o que em nenhum dia conseguimos aprender os nomes dos reis visigodos.
Somos invadidos por toda classe de preparos nacionais e internacionais. Começamos nós mesmos a preparar as nossas próprias formulas. Ficamos isolados, pois nossos amigos amadores timbraram pelo caminho do aprendizado e hoje em dia os vemos transformados em pescadores ou catadores de cogumelos.
Nosso caso, Deve-se tratar de genética. O que anima a nos empenharmos a fundo nesse desafio é tentar reproduzir este fenómeno que se chama criação em cativeiro.
Ah! Já ia me esquecendo do início desse artigo: Por que morrem os filhotes no ninho???
Descobrir isto causou muitos anos de tentativas frustrantes.
A causa da maioria das mortes é, sem dúvida a falta de água ou de líquidos para digerir a ração e as massas actuais, na maioria das vezes muito ricas e indigestas, longe estão os tempos em que os nossos avós criavam de forma natural, com cardo, pão duro amolecido, alpiste e maçãs.
Na primeira semana de vida os filhotes duplicam seu peso a cada dia, e 75% compõe-se de água.
Os três primeiros dias passam sem incidentes nenhum. No quarto ou quinto dia os examinamos a tarde. As ninhadas alimentadas. Que satisfação.
No dia seguinte perderam peso. Encontram-se menores que no dia anterior. Começa o retrocesso. As gorduras acumuladas em torno da cintura desaparecem rapidamente. A cor se torna avermelhada.
Pedem insistentes por comida. Não é isso que precisam, mas sim água. No dia seguinte não tem forças para levantar a cabeça.
A mãe insiste em dar-lhes comida, eles não reagem, não podem levantar a cabeça, a fêmea, ante negativa, se deita sobre eles. Não podendo digerir a comida, também ela adoece de indigestão.
O ninho começa a molhar-se, pois os excrementos são líquidos e a fêmea não pode limpá-lo. É então quando atacam as bactérias coli e salmonela sem que nada se possa fazer, pois os filhotes estão muito debilitados, e tudo ocorre no espaço de dois dias.
Esta sintomatologia é evidenciada quando a fêmea salta do ninho e sua barriga está húmida e suja. Sempre se disse que a fêmea suava sobre os filhotes e esses morriam, quando na realidade são os excrementos destes mais a febre e o suor que sujam a barriga da fêmea.
Uma observação lógica de que estes filhotes não estavam doentes é a seguinte:
Se estivessem contaminados por alguma bactéria, a maioria haveria de morrer dentro dos ovos ou nos dois dias seguintes ao nascimento.
Quando sempre atribuímos ao azar de bactérias, responsabilizando-as por todos os males. Se tivéssemos nos preocupado mais com os devidos cuidados dos reprodutores, não existiria a maioria dos problemas.
Como fornecer líquido aos filhotes?
Fornecendo maçãs, cuscuz, pão humedecido, sementes fervidas e verduras.
Nos três primeiros dias de vida os filhotes são alimentados pela mãe com papinhas líquidas e semi-digeridas.
A partir do terceiro dia convém dar pela manhã um pedaço pequeno de maçã, se possível do tamanho de uma noz ou menor. Na ração adicionamos sementes fervidas e humedecidas.
Quando os filhotes depositarem os excrementos na borda do ninho, já se pode dar maçã à vontade.
Principalmente nas raças de cores modernas, se lhes damos maçã em excesso a mãe, ou algumas mães, os alimentam quase que exclusivamente de maçã, resultando fezes demasiadamente líquidas e de difícil limpeza pelas fêmeas e que se pode terminar com a ninhada.
Este assunto de criar pássaros se pode comparar com os primeiros meses de vida de um bebé, em que os cuidados de limpeza de fraldas e alimentação suave são primordiais.
O pão húmido (um pedaço pequeno) também é interessante. A verdura, se não se trata de canários timbrados ou de raças resistentes com o cobre é conveniente deixar para Segunda ou terceira alimentação e fornecê-la a partir dos quinze dias e sempre gradualmente. Finalmente, um sistema inovador de água é o cuscuz. Trata-se do gemem de trigo duro separado do grão. Nos países árabes é usado para preparar um prato típico, o Kibe.
Em canaricultura, pássaros exótico e outros, se emprega o cuscuz para misturar com ração, trazendo humidade e tornando-as mais apetitosas e acima de tudo conseguindo o aporte de líquido necessário para a perfeita digestão da comida.
Como preparar o cuscuz?
No caso do prato culinário árabe, não sei. Porém na avicultura é o seguinte:
Á noite, ou horas antes de preparar a ração, põe-se uma quantidade de cuscuz de molho com o dobro de água. Nesta água pode acrescentar algumas gotas de complexo vitamínico.
Se usar algum remédio é conveniente não colocá-lo junto com o cuscuz de molho, é sim, colocá-lo no final para que não perca parte de sua eficiência em muitas horas de água.
Se preparar o cuscuz à noite, é conveniente guardá-lo na geladeira para que o calor não o azede.
Resumo de alguns conselhos úteis.
1 - Não dar alimentação demasiado forte nos primeiros 5 dias.
2 - Nunca dar misturas de sementes a partir das 6 horas da tarde.
3 - Se houver oportunidade, dar a ração de manhã e depois do almoço. Sempre na quantia exacta.
4 - Não variar e não acrescentar nenhuma mudança brusca na alimentação.
5 - Não se preocupe em demasia se alguns filhotes não estão alimentados a noite, pois a natureza é sadia.
6 - Se, por exemplo, se tem 10 casais e uma média de seis funcionam, tudo corre bem. Deixe que eles continuem seu sistema e no final da temporada terá conseguido 60 pássaros. Pode guardar os outros quatro casais para fazer uma investigação. Não tente fazer alguma mudança em todos os casais porque estes quatro não funcionam.
7 - Não mude os filhotes doentes no último momento para que uma fêmea sadia, pois dificilmente os salvará. Ela é que pode adoecer, principalmente se é uma fêmea


L.Bellver

quarta-feira, 5 de março de 2008

LIZARD BELOS E DIFÍCEIS DESENHOS

Fernando Antonio Bretãs Viana Revista Brasil Ornitológico nro 36 Arquivo Editado em 08/12/2002

O Lizard é um dos mais antigos canários criados pelos ingleses, havendo relatos de sua introdução pelos huguenotes no século XVI. Como a maioria das raças européias, apresentou assustador declínio à época da II Grande Guerra Mundial, mas o trabalho árduo de alguns criadores abnegados fez com que a mesma fosse preservada e chegasse aos dias de hoje. Embora seja considerado um canário de porte, o Lizard difere das demais raças deste segmento, pois em seu julgamento se observam primeiramente marcação e lipocromo, à semelhança aos canários de cor. Dentre todos os canários, seja de cor ou de porte, pode-se afirmar, sem dúvida alguma, que o Lizard é um dos mais difíceis de criar. Embora os pássaros sejam muito prolíficos, a obtenção de exemplares perfeitos é bastante difícil, nascendo um grande número de canários com despigmentação nas penas, unhas brancas, penas lipocrómicas fora da área da cúpula e outros defeitos menores, como por exemplo cúpulas mal formadas ou manchadas. Outro problema que o criador enfrenta é um certo desconhecimento sobre a hereditariedade das características do Lizard, fazendo com que cruzamentos bem planejados nem sempre terminem em bons filhotes. Assim, são comuns os casos de casais que produzem bons filhotes num ano e péssimos na estação seguinte. Por tudo isto, pode-se resumir a criação do Lizard em uma única palavra: DESAFIO.

CRITÉRIOS DE JULGAMENTO COMENTADOS

Desenho dorsal (25 pontos): O desenho dorsal é o item mais importante do julgamento, valendo 25% do total teórico de pontos. As marcas dorsais tem a forma aproximada de meias-luas e aparecem em linhas longitudinais e paralelas da cabeça ao final do dorso, aumentando de tamanho à medida em que se afastam da nuca. Nos pássaros intensos, o lipocromo entre as marcas aparece uniforme; nos brancos e nevados, as pontas das penas podem apresentar uma franja branca que, entretanto, não deve ser muito exuberante. Marcas desalinhadas, pouco definidas ou de forma diferente da meia lua, excesso de feomelanina e franjas brancas muito pronunciadas são penalizáveis. A presença de penas lipocrômicas em qualquer parte do corpo fora da cúpula implica em desclassificação.
Cúpula (10 pontos): Embora seja a marca registrada da raça, a cúpula vale apenas 10% do total da pontuação. Assim, fica evidente porque um pássaro com bom desenho e cúpula “quebrada” sempre ganha de outro com cúpula perfeita, mas desenho dorsal ruim, normalmente sob protestos do proprietário!!! A cúpula deve ter forma oval e limites bem delimitados, começando na parte superior do bico e indo até a nuca, sem nunca ultrapassa-la. Invasões de áreas lipocrómicas na face ou abaixo da nuca constituem faltas graves. A presença de áreas melánicas na cúpula é penalizada de acordo com sua extensão, recebendo muito bom pássaros com até 10% de marcação, bom entre 10 e 20 %, regular entre 20 e 50% e fraco acima deste limite. Nos canários sem cúpula, estes 10 pontos são atribuídos à marcação da cabeça, que deve ser similar à do dorso, mas de tamanho pequeno. As eventuais áreas lipocrómicas são penalizadas de maneira similar aos Lizard com cúpula.
Desenho do Peito e Flancos (10 pontos): O desenho do peito é similar e pequenos triângulos com vértices em direcção à cauda, começando no bico e terminando no final do corpo do pássaro. São mais evidentes nos pássaros nevados e nas fêmeas. Em alguns casos, a proximidade entre os triângulos faz com que os mesmos apareçam como linhas, o que é indesejável. Pelas suas características próprias, os pássaros intensos não são muito penalizados neste item.
Plumagem (10 pontos): A plumagem deve ser sedosa e compacta, característica observada na maioria dos exemplares. Pássaros com plumagem frouxa são penalizados com rigor. Plumagem sem brilho e bordas das penas excessivamente branca também determinam perda de pontos neste item.
Cor de Fundo (lipocromo): A cor de fundo deve ser regular e bem distribuída, o que contribui decisivamente para o destaque dos desenhos. A cúpula e todo o lipocromo aparente devem ter a mesma tonalidade. Lipocromo sem uniformidade ou “lavado” são rigorosamente penalizados.
Asas e cauda (10 pontos): As penas das asas e cauda devem ser a mais escura possível, sempre tendendo ao negro. Pássaros com penas tendendo ao cinza escuro ou com bordas muito despigmentadas são indesejáveis. Pena lipocromicas nas asas e cauda desclassificam o exemplar.
Cílios (5 pontos): Os cílios são duas linhas regular que separam a cúpula da face, situados acima dos olhos da ave. Ausência ou interrupção dos cílios s/ao passíveis de punição.
Bico, Pernas e pés (5 pontos): O Lizard é um canário fortemente oxidado e, como tal, deve possuir bicos, pernas e patas o mais escuros possíveis. Áreas manchadas ou de coloração córnea são penalizáveis. A presença de unha(s) despigmentadas determina a desclassificação do pássaro.
Desenho das espáduas (5 pontos): As coberturas das asas junto às espáduas devem estar em harmonia com o desenho do pássaro. Penas que modifiquem este desenho são penalizadas com rigor. Penas lipocrómicas nesta região são motivo de desclassificação.
Tamanho (5 pontos): O Lizard é um pássaro relativamente pequeno (12,5 a 13,5 cm) e não deve jamais ter seu tamanho comparado aos canários de cor (13 a 15 cm). Este item é pouco importante, pois a maioria dos exemplares está dentro destes limites.
Condição Geral (5 pontos): Neste item são avaliados a limpeza e a saúde da ave. Pássaros letárgicos, indóceis, juntos ou com escamas nos pés são penalizados.

ALGUNS SEGREDOS DE CRIAÇÃO

O Lizard é um canário que desafia as leis da genética, pois toda a previsão feita durante o acasalamento com frequência resulta em nada. Entretanto, alguns pontos importantes devem ser observados para uma melhor criação:
Ø Cruzar sempre fundo intenso com nevado. O cruzamento entre dois pássaros determina o nascimento de filhotes com excesso de marcação branca nas bordas das penas e lipocromo ruim;
Ø Pássaros de fundo branco devem ser preferivelmente cruzados com intensos, resultando em filhotes intensos de fundo branco. Em termos de concurso, estes canários são mais valorizados, por sua melhor marcação e pouca feomelanina;
Ø Evitar o cruzamento de brancos com nevados que sejam filhos de branco. O uso constante de pássaros de fundo branco no plantel na maioria das vezes leva ao aparecimento de aves com excesso de marcação branca nas bordas das penas, nevadismo ruim e marcação deficiente;
Ø Jamais cruzar dois exemplares de cúpula perfeita entre si, pois há a possibilidade do nascimento de filhotes com cúpula excessiva, descendo além da nuca. O ideal é cruzar um pássaro de cúpula pequena com um de cúpula perfeita;
Ø Pássaros sem cúpula devem ser cruzados entre si;
Ø Não usar nunca na reprodução aves de unhas claras ou penas lipocrómicas fora da cúpula, pois embora estas características sejam recessivas, aparecendo futuramente no plantel, arruinando todo um trabalho de selecção;
Ø Todo Lizard de mais de um ano de idade tem um certo grau de despigmentação nas bordas das penas. Entretanto, devem ser descartados aqueles cuja despigmentação seja excessiva;
Ø Como todo canário oxidado, os filhotes devem receber o máximo de sol possível, para aumentar esta oxidação;
Ø Para a obtenção do Lizard de fundo vermelho, usar bons exemplares de cobre. O resultado deste cruzamento será aves com o fenótipo dos canários cobre que, cruzados entre si, produzirão 25% de Lizard com factor.

terça-feira, 4 de março de 2008

Acasalamentos consanguineos


José Giordano PenteadoRevista UCCC - Julho 2001

Aperfeiçoamento de todos os animais, criados pelo homem. Normalmente os machos de qualidade excepcionais são utilizados para e acasalamentos consangüíneos criar famílias onde se tem por objetivo incluir em todos os seus componentes as qualidades do citado reprodutor. Com cavalos das diversas raças, gado vacum, porcos, mamíferos em geral e aves, tal prática foi intensamente utilizada pelos grandes criadores do passado mesmo sem conhecimentos de genética, que hoje já bastante desenvolvida torna fácil comprovar a eficiência deste processo. Em todos os centros ornitológicos tal prática é bastante difundida, mas no Brasil, não sé se tira proveito destes acasalamentos como também se evita por desconhecimento e até por preconceitos religiosos. Em canaricultura no que se refere aos canários de porte tal prática só trará benefícios, mas os criadores ainda não a aceitam, olhando A utilização de consanguíneos é uma prática comummente utilizada no apuramento ou apenas o lado deficiente do processo, esquecendo de que muitas vezes os acasalamentos entre pássaros não consanguíneos resultam em completa desilusão. Quantos criadores gastaram somas fabulosas adquirindo campeões, acasalando-os e obtendo apenas filhotes medíocres? O motivo principal a nosso ver, porém é simplesmente a ânsia de obter de primeira temporada, isto é, da maneira mais rápida possível, pássaros de qualidade, o que na maioria das vezes não acontece. A utilização dos acasalamentos consanguíneos requer além de conhecimentos, paciência e perseverança, mas os resultados após alguns anos compensam o tempo perdido, a proporcionarem aos verdadeiros amadores a satisfação de ter criado uma família onde a totalidade dos componentes apresentam as características do Standard da raça. Porque a vantagem de tais acasalamentos> A genética nos responde. Hoje sabemos que cada espécie animal tem uma característica que é o número de cromossomas de suas células. Nossos canários possuem 9 (nove) pares de cromossomas maiores (macro cromossomas) e um número indefinido de pares de micro cromossomas. Cada um destes cromossomas possui genes que são os responsáveis pela expressão das características dos indivíduos, como acontece com os diversos genes que comandam as cores dos canários, hoje já bastante difundidos. Por ocasião da divisão celular que antecede a formação dos gâmetas masculinos (espermatozóides) e feminino (óvulo) os pares cromossomas se separam e assim cada gâmeta, em uma explicação simplificada, possui apenas a metade do número de cromossomas da célula original. Assim sendo, cada novo indivíduo recebe ao se formar um conjunto de cromossomas do pai e outro da mãe e assim no novo ser é restabelecido o número de cromossomas da espécie. Neste novo ser, os pares de cromossomas são reconstituídos e de acordo a predominância ou não entre genes para uma mesma característica esta poderá se expressar ou não. A antiga e ainda usada expressão “meio sangue” significa em termos reais que o indivíduo possui metade dos cromossomas, por exemplo de seu pai, um puro sangue e metade correspondente a herdada de sua mãe sem as características da raça considerada. Cada característica é comandada por um gene ou genes e, em um canário além dos genes que determinam a cor que apresentará o pássaro, outros há que determinam seu tamanho, a forma de sua cabeça, tamanho do bico, posicionamento da perna e um sem número de características que definem um pássaro de determinada raça ou cor. É preciso esclarecer, porém, que a metade dos genes herdada de um reprodutor se refere ao número de cromossomas e que somente em indivíduos homozigotos para todas as características (caso pouco provável em canário de porte) todos os gâmetas serão idênticos. O que normalmente acontece é que os indivíduos não são homozigotos e nada impede que um pássaro excelente, possua em seu património genético, características deficientes recessivas que serão transmitidas a seus descendentes. Se acasalamos um pássaro excepcional a um de suas filhas de boas características, as chances de produzir pássaros semelhantes ao reprodutor original é muito maior do que se utilizarmos uma fêmea não relacionada com ele, pois sua filha possui em suas células metade dos cromossomas do seu pai, tornando mais fácil a reconstituição do património genético original do reprodutor em alguns dos filhotes. De modo idêntico que as características que definem a raça a saúde, robustez, fertilidade e outras podem ser manipuladas de modo a se conseguir melhorar ou manter tais funções. Dentre os acasalamentos consanguíneos podemos distinguir dois processos: INBREEDING, onde os acasalamentos são feitos entre parentes próximos por exemplo, pai x filha, mãe x filho, meio-irmão x meio-irmão, avô x neta etc... LINE-BREEDING, onde os acasalamentos são feitos entre parentescos mais afastados. IN BREED TO SUCESS. Com este título o articulista de Cage and Aviary Birds, Brian Biles publica excelente artigo sobre o sucesso obtido pelo Dr A.R. Robertson, de Durban, África do Sul, na criação de periquitos australianos. Os comentários do articulista inglês, fotografias dos pássaros e referências de outros criadores não deixam dúvidas quanto à qualidade dos ondulados do Dr Robertson, considerados tão bom ou até melhores que os melhores periquitos ingleses. Utilizando como guia um pequeno livro INBREEDING BUDGERIGARDS, de autoria do Dr M.D.S. Armour, publicado após a 2a (segunda) Guerra Mundial e conhecimentos de genética que possuiu, desenvolveu seus programas e este ano recusou por um dos pássaros a soma de 1.000,00 (mil libras) preço considerado lá extraordinário. Seus pássaros são mantidos em famílias ou linhas e os acasalamentos feitos de acordo com as características visuais dos pássaros e seus pedigres. Seu plantel é todo relacionado e se levarmos em consideração que de 1969 a 1979 foi proibida a importação de psitacídeos na África, o grau de relacionamento é bastante aproximado. Segundo autor do artigo, dificilmente introduz pássaros não relacionados no plantel e faz é através de um macho, de boas características que no primeiro ano é acasalado com duas ou mais fêmeas. No segundo ano utiliza o macho com duas ou três fêmeas de suas melhores filhas ao mesmo tempo que acasala vários pares de meios-irmãos. Destes acasalamentos já consegue 30% (trinta por cento) de pássaros de qualidade tão boas ou superiores ao reprodutor inicial. No terceiro ano os melhores filhotes do reprodutor são acasalados aos melhores dos acasalamentos entre os meios-irmãos e o reprodutor original a duas de suas melhores netas e a parcela do pássaro de qualidade ultrapassada já aos 50% (cinquenta por cento). Outro ponto importante do artigo é que a cada indivíduo excepcional que surge uma nova família é iniciada tendo este como fundador e o mesmo processo desenvolvido paralelamente. À actuação deste criador, como acontece com grande frequência fora de nosso país, no que se refere às aves, é um dos muitos que podem ser citados como exemplo dos acasalamentos consanguíneos para melhorar as características de uma variedade. Os resultados não são imediatos. Mas observadas as regras e uma seleção apurada, em três ou quatro temporadas no máximo, o criador poderá tornar seu plantel homogéneo para as características do reprodutor inicial. Os acasalamentos consanguíneos podem nos conduzir a resultados excelentes desde que sejam feitos judiciosamente. Tentar utilizá-los com pássaros que possuem características desejáveis é simplesmente perda de tempo.

Bons exemplares de canários Lizard


Lizard azul.


Lizard prateado.


Lizard dourado.

Excelentes exemplares do criador Holandês Jac Gubbels.

Polygonum aubertii





Esta famosa planta é utilizada par a oxidação das patas e do bico nos canários Lizard, por si só não se consegue uma oxidação extraordinária, mas ajuda.

Nome cientifico: Polygonum aubertii
- Família: Polygonaceae (Poligonáceas).
- Origem: China.
- Possui um crescimento muito vigoroso, alcançando 5 a 6 metros por temporada.
- Trepadeira vigorosa, sempre verde em zonas de maior calor.
- Folha semi-persistente.
- Flores brancas muito pequenas e abundantes, desde a Primavera até ao Outono.
- Não é uma trepadeira de uma beleza extraordinária.
- Luz: ao sol ou meia sombra.
- Temperaturas: resistencia ao frio e ao calor. -9ºC.
- Fácil de cultivar.
- É uma planta desordenada que necessita de uma poda severa no inverno.
- Evasiva, cortar o que for necessário.




domingo, 2 de março de 2008

Standard do canário Lizard




O canário Lizard

A importância do adorno no canário Lizard
Pontos que se somam para criar o canário Lizard idealPor que razão certos criadores de canários Lizard são tão bem sucedidos nas exposições enquanto outros, com aparentemente as mesmas possibilidades, pouco conseguem. Deve haver uma explicação racional para isso.Temos observado detalhes que talvez conduzam a uma conclusão. Por exemplo, para se obter sucesso com certas linhagens é indispensável que se disponha de um grande número de pássaros. Com relação ao Lizard, no entanto, o número ideal de fêmeas esta provavelmente entre seis e doze reprodutores. Esse aspecto, que é realmente modesto, de fêmeas, haverá tempo e condições suficientes para produzir entre trinta e sessenta Lizards por ano. Mas tenham em mente que a nossa preocupação é produzir pássaros que se sobressaiam nas exposições. E para isso é preciso também que o criador saiba como e o que exibir, não se preocupando apenas com a aparência do pássaro.
Uma antiguidade preciosa
Nesse ponto, é conveniente que façamos uma análise de canário Lizard. Pássaro de grande antiguidade, difere das outras linhagens no que diz respeito à troca não só de sua primeira plumagem, mas também um ano mais tarde, por ocasião de sua primeira muda, já adulto. Ao deixar o ninho, é um pássaro indefinido na plumagem escura, exceto pelas penas claras da cabeça. Não há nesse momento nenhum indício da metamorfose que ocorrerá posteriormente. De um pássaro semelhante a um pardal, ele se transforma num espécime de primorosa beleza, com uma coloração emaranhada e penas que tem por fundo uma grande intensidade de cor. A riqueza de sua policromia é coroada por um capuz de reluzentes penas claras e moldurada pelas asas e cauda de um negro brilhante. O Lizard já adulto e em perfeita forma trocou, na sua primeira muda, as penas negras remígias das asas e da coada por penas acinzentadas e salpicadas de branco, ficando, a coloração do corpo pouco ou quase nada afetada. A longa permanência dessa plumagem deu origem à asserção muito comum de que o Lizard é um pássaro de exposição o ano todo. Como muitas outras variedades de canários, o Lizard é uma composição de um certo número de factores que os seus admiradores levam muito em conta. Em certos países, como por exemplo a Inglaterra, se atribui determinados pontos a cada um desses fatores, tendo certos fatores diferentes dos que se tem em mente na Inglaterra, desde que, é claro, se conserve as características essenciais do pássaro. Mas qualquer juiz, em qualquer país, jamais deixará de atribuir elevada importância às “escamas” que formam a sucessão de marcas bem distintas nas costas do pássaro. E realmente, embora outros factores muito possam concorrer para a grande beleza do Lizard, são as escamas que se destacam mais em todo o conjunto formado por sua coloração. Acontece, porém, que há quem dê importância exagerada a esse ponto, desprezando os demais. E isso, sem dúvida, constitui muitas vezes a razão dos fracassos nas exposições. Ao se criar um pássaro para competição, jamais se deverá subestimar a importância da qualidade da plumagem, da cores, da conformação das asas e da cauda etc. Embora esses factores, no caso do Lizard, tenham importância menor, são igualmente decisivos pra que se obtenha um exemplar que possa ser considerado ideal. Mesmo porque numa competição, quando dois Lizards apresentam escamas que mais ou menos se equivalem, são os demais factores que decidirão qual será o vencedor. Certos detalhes da plumagem do Lizard apresentam tanta beleza que não raro um criador se deixa empolgar por determinada particularidade. Certas pessoas dão a uma bela coloração negra das remígias e da cauda um valor deveras desproporcional e, outros, por sua vez, acham que toda a beleza do pássaro está no capuz. É claro que conceitos dessa natureza só podem conduzir ao insucesso numa exposição. É bem verdade, porém, que se um criador se deixa fascinar por determinada característica de uma variedade, o mesmo pode acontecer também com o juiz. Mas seja como for, jamais as escamas deixarão de influir na decisão de um juiz ao julgar qualidades de Lizard. Essa incapacidade para avaliar o que realmente pesa numa competição é a primeira razão do insucesso. A segunda, igualmente relevante, é a incapacidade para seleccionar o casal que produzirá filhotes de alto padrão. A grande maioria dos Lizards, como a grande maioria de todas as variedades de canários, carecem de certas características valiosas numa competição e isso diminui o seu valor. É necessário que esse casal reúna traços que sejam valorizados nas competições, mas isso não consiste em apenas se obter os melhores pássaros de uma exposição e acasala-los. Se assim fosse, quem tivesse mais dinheiro para gastar seria mais bem sucedido. O criador deverá desenvolver a capacidade de avaliar o pássaro que será benéfico ao seu plantel e esse pássaro nem sempre se enquadra nos padrões exigidos numa competição.Acontece muitas vezes que um criador super-estima um pássaro que obteve um segundo lugar numa competição em detrimento de outro que obteve quinto ou sexto lugar. Isso trás em si o risco de que se dê maior atenção a um pássaro que apresenta boas e se despreze outro que, tendo falhado numa exposição, é portador de determinadas qualidades excelentes. Tal pássaro, obviamente, deverá ser utilizado para conferir ao plantel essas suas características excelentes, independentemente do seu fracasso na exposição. A questão se resumirá então em se obter a mistura exacta.
Retirado de um canaril amigo.